terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Depressão, O que é?


“Meu coração triste, meu coração ermo,
Tornado a substância dispersa e negada
Do vento sem forma, da noite sem termo,
Do abismo e do nada!”
Fernando Pessoa

A depressão é uma doença muito freqüente. Na maioria das vezes se manifesta mais em mulheres do que nos homens. Em algum momento da vida 01 homem em cada 10 e 01 mulher em cada 05 sofrerá com um episódio de depressão
A depressão aumenta o risco de manifestação de doenças sistêmicas como diabetes, artrite e cardiopatias.

A depressão envolve sintomas no corpo, no humor e nos pensamentos. Ela afeta a maneira da pessoa se alimentar e dormir, interfere em como a pessoa se sente em relação a si mesma, como pensa sobre as coisas e como se comporta. Estar deprimido não é o mesmo que estar triste. A pessoa deprimida não consegue apenas “sair dessa”, “se acalmar” e melhorar. Sem tratamento os sintomas podem durar semanas, meses ou anos.

A depressão apresenta formas diferentes de manifestação, do mesmo modo que ocorre com outras doenças.
Além de diferentes tipo de depressão existem, em cada um, variações no número de sintomas, sua gravidade e sua persistência, sendo os mais comuns:

Depressão maior ou unipolar: Em algum momento da vida 01 em cada 20 adultos vão apresentar um episódio de depressão maior, que se manifesta através de uma combinação de sintomas, dentre os seguintes:
- Humor persistentemente triste, ansioso ou “vazio”;
- Sentimentos de desespero, pessimismo;
- Sentimentos de culpa, desvalia, impotência;
- Perda do interesse ou prazer em atividades que eram anteriormente apreciadas, incluindo sexo;
- Energia diminuída, fadiga, ficar “devagar”;
- Dificuldade de se concentrar, recordar, tomar decisões;
- Insônia, despertar precoce ou dormir demais;
- Perda de apetite e/ou peso ou comer demais e ganho de peso;
- Pensamentos de morte ou suicídio; tentativas de suicídio;
- Inquietação, irritabilidade;
- Sintomas físicos persistentes que não respondem ao tratamento, como dor de cabeça, problemas digestivos e outras dores crônicas;
Esses sintomas prejudicam a capacidade de trabalhar, estudar, dormir, se alimentar e apreciar atividades antes consideradas prazerosas.
A depressão maior pode ocorrer apenas uma vez, porém na maioria das vezes há novos episódios ao longo da vida.

Distimia: Trata-se de um tipo de depressão de menor gravidade que envolve sintomas crônicos e de longa duração. Esses sintomas, apesar de não serem incapacitantes, fazem com que a pessoa não se sinta bem e atrapalham seus relacionamentos e sua maneira de viver. São aquelas identificadas com mau-humor e pessimismo crônicos. Muitas pessoas com distimia também sofrem de depressão maior em algum momento de sua vida.

Transtorno bipolar: Esse tipo de depressão era anteriormente denominado como doença maníaco-depressiva. O transtorno bipolar é menos prevalente do que as outras formas de depressão e se caracteriza por alterações cíclicas do humor: graves altos (mania) e baixos (depressão). Às vezes, as oscilações do humor são dramáticas e rápidas, porém são normalmente graduais. No ciclo depressivo, um indivíduo pode ter qualquer um ou todos os sintomas de um transtorno depressivo.
No ciclo maníaco, o indivíduo fica muito ativo, falante e com a sensação de ter muita energia. A mania afeta freqüentemente o pensamento, o julgamento e o comportamento social, causando problemas graves e constrangimentos. O indivíduo numa fase maníaca pode, por exemplo, se sentir eufórico, cheio de grandes planos, que afetam suas decisões desde consumo até afetivas. Sem tratamento a mania pode piorar, chegando até a um estado psicótico.

Alguém com depressão pode se comportar de maneira diferente do seu habitual, tanto no trabalho quanto em casa e apresentar os seguintes comportamentos:
• Trabalhar mais vagarosamente
• Cometer mais erros que o habitual
• Ter dificuldade para se concentrar
• Ficar mais descuidada e mais esquecida
• Se atrasar com mais freqüência
• Entrar em disputas e discussões com os colegas
• Ter dificuldade de delegar tarefas
• Executar suas tarefas e sua rotina com muito esforço

FONTE:   Cartilha saúde emocional da mulher - Eletrobrás

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